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blog sobre Economia.

terça-feira, junho 13, 2006

Pra quê Santo Antônio?

     A instrução tem conseqüências que não podem ser mensuradas apenas pela renda das pessoas. Há também alguns benefícios não-monetários, como constatou a revista do The New York Times de 7 de maio de 2000, através de uma pesquisa realizada com o público americano.
     Em um dos itens, perguntava-se às pessoas: "Você concorda ou não com a seguinte afirmativa: 'Às vezes me incomoda o fato de minha vida não ter corrido como eu esperava'?". Entre as pessoas cuja instrução se encerrou com o diploma da high school, 38% concordaram. Entre os de nível superior, apenas 28% concordaram. E a porcentagem caiu para 23% entre os que tiveram alguma instrução após o nível superior. A instrução está, pelo visto, relacionada com a satisfação geral com a vida.
     Parte dessa maior satisfação reflete a maior renda proporcionada pela instrução. Como escreveu Jane Austen no século XIX: "Uma grande renda é a melhor receita para a felicidade de que já ouvi falar". Mas a educação também leva à satisfação de outras maneiras.
     A pesquisa do Times também perguntou: "Você concorda ou não com a seguinte afirmativa: 'Hoje é mais difícil encontrar um amor verdadeiro na sociedade'?". Entre os que concluíram o nível médio, 67% responderam afirmativamente a essa colocação. Entre os graduados de nível superior, a porcentagem caiu para 53%. E entre os que têm algum curso de pós-graduação, apenas 39% concordaram. Aparentemente, a educação melhora não apenas as finanças, mas também a vida amorosa das pessoas.
     Portanto, neste dia de Santo Antônio, nada de colocar o santo de cabeça pra baixo: pegue um livro e vá estudar.

Adapatado de Introdução à economia, de Gregory Mankiw (São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2005).

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oh, Gabi, sensacional! E muito vem a calhar. Foi quase o que fiz durante esses dias aí.
Beijo :)

10:44 PM  

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